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Dicas para quem quer visitar o deserto de Atacama; confira!
De março a setembro é a melhor época para viajar ao destino; ouça o podscat Sua Viagem
Atacama, um dos mais instigantes atrativos do Chile, não é um deserto como outros, mas um ecossistema curioso e diferente. Percorre-se quilômetros e quilômetros e uma paisagem nunca é igual a outra. Deixa-se para trás um deserto de areia e pedras para se surpreender, à frente, com lagunas formadas pelo degelo de cordilheira, salares que refletem a cor do céu e oásis verdejantes em meio ao nada. Riachos cortam essas terras, que só são molhadas pelas águas das chuvas oito ou dez dias ao ano. As rochas revelam que, em um ado longínquo, Atacama foi habitado por outras civilizações e até dinossauros.
De dia, o sol ilumina o deserto e revela uma paleta de cores ocultas muito abaixo do solo. Vermelho azul, verde, amarelo e branco predominam em várias tonalidades. Explica-se esse fenômeno pela presença, no subsolo, de minerais e nitratos, como zinco, cobre, lítio e enxofre. Atacama também é uma importante área de mineração chilena. À noite, o olhar deve ser dirigido para as estrelas. O céu de Atacama é o melhor lugar do mundo para se visualizar constelações.
Onde quer que você esteja em Atacama, será vigiado pelo vulcão Licancabur, o cartão-postal que figura até em suvenires. Os vulcões – alguns ativos – são eios cobiçados por aventureiros, mas existe uma infinidade de atrações à espera dos turistas, de vales coloridos a lagunas de um azul intenso, de pinturas rupestres a cânions com cactos gigantes, de vilarejos perdidos a sítios arqueológicos, de salares com flamingos a águas quentes que jorram da terra. Pode-se explorar esses 200 mil m²de terras ao norte do Chile, próximo à divisa com Argentina e Bolívia, em excursões agendadas em hotéis ou em agências de receptivo, de bicicleta ou em caminhadas.
Ouça nosso podcast Sua Viagem e confira as dicas para viajar ao deserto de Atacama.
Saiba mais:
Como se deslocar do aeroporto para San Pedro
O viajante deve contratar um transfer antes da viagem. Agências que vendem o destino chileno incluem o bilhete aéreo, o traslado e o hotel. Se você não pretende contratar um pacote e prefere ir por conta própria, na chegada a Calama há receptivos que oferecem o traslado. Alguns hotéis também oferecem traslado, obviamente já embutido na hospedagem. Quem quiser ainda pode alugar um carro. A vantagem é a liberdade de locomoção, sem depender dos rígidos horários dos tours. Lembre-se que os principais atrativos de Atacama estão distantes um do outro.
Melhor época para viajar
A melhor época para viajar para Atacama é no período de março a novembro, exceto nas noites de Lua Cheia. O motivo é simples: a luminosidade impede que se aviste as estrelas. Saiba que Atacama é o melhor lugar do planeta para observar estrelas por causa da altitude e de uma série de condições atmosféricas, como pouco vento e transparência do ar. O deserto é a sede do The Atacama Large Milimeter Array, observatório astronômico com o maior telescópio do mundo. Se de dia você deve-se usar óculos escuros porque tudo reluz como um espelho, de noite as estrelas surgem como se estivessem ao alcance das mãos.
O que levar
Antes de embarcar, você deve colocar na mala vestuário leve para o dia (leia-se bermuda, camiseta etc), roupas de frio para a noite (inclusive casacos corta-vento), boné ou chapéu para se proteger do sol forte, binóculo, gorro, luvas, meias de lã e casacos para as noites, tênis ou bota, protetor solar, óculos escuros, hidratante, manteiga de cacau (os lábios ressecam e trincam), colírio, soro fisiológico para as irritações nasais, squeeze ou garrafa de água e kit básico de primeiros socorros, ou seja, os remédios que usa com frequência e analgésicos. Leve também um traje de banho se quiser se esquentar nas águas termais. Entenda que, no caso de Atacama, é melhor pecar pelo excesso do que pela falta.
Quanto tempo em Atacama
Quatro noites são suficientes se você quiser fazer o essencial. Seis, se interessar em atividades que exigem alguma preparação como, por exemplo, escalar um vulcão. Depois de sete dias, os eios (e os cenários) começam a se tornar exaustivos, repetitivos. Tudo depende, no entanto, de sua expectativa, interesses, companhias, possibilidade de gastos e disponibilidade de tempo.
Que moeda levar
Sinceramente, leve dólares. É fácil trocá-los em San Pedro de Atacama por pesos chilenos. Lembre-se que os bares e restaurantes do vilarejo só aceitam cartão de crédito e moeda local. Dificilmente aceita-se pagamento em real. Outro conselho: não efetue troca de moeda no aeroporto. É sempre desvantajoso, independente do país em que esteja.
Onde hospedar-se
Há hospedagem para todos os bolsos e gostos em Atacama. O destino chileno atrai gente do mundo inteiro, é quase uma babilônia. San Pedro é pequena, tem apenas 5.000 habitantes, mas a atmosfera é cosmopolita. O mundo a por ali: ses, britânicos, argentinos, suecos, japoneses, canadenses...e claro, brasileiros e chilenos. A maioria dos viajantes se hospeda em San Pedro pelo burburinho e proximidade de tudo. Os resorts mais luxuosos – Nayara Alto Atacama, Explora Atacama e Tierra Atacama – ficam a quilômetros de distância e organizam todos os tours. Se o bolso permite luxo e conforto, escolha Nayara Alto Atacama e Tierra Atacama; se quer um jeito diferente de desbravar o deserto, o Explora é a escolha certa.
O essencial
O recomendável em Atacama é empreender um eio pela manhã e outro à tarde. O essencial para o viajante são os cinco eios mais procurados pelos turistas – o Vale da Lua, o Vale da Morte, o Salar de Atacama, as Lagunas Altiplânicas e os Gêiseres de Tatio. Tudo bem, se você quer fugir do lugar-comum, pode substituir eios populares por outros similares. Por exemplo, o Vale da Lua pelo Vale do Arco-Íris, o Salar de Atacama pelo Salar de Tara. Dois fora do circuito tradicional são obrigatórios – trekking por Cardonnes e Las Piedras Rojas. No caminho para esse último, pare para um banho nas Termas de Puritama. Reserve, pelo menos, um dia para flanar e descobrir o vilarejo de San Pedro.
San Pedro de Atacama
O povoado é a base para os turistas explorarem o deserto. Está localizada na região de Anfogasta, na província de Leoa, cuja capital é Calama, onde está o aeroporto. Caracoles é a via principal, onde se encontram lojinhas, agências de receptivos e restaurantes. No vilarejo, tudo fecha à 0h30 no domingo e à 1h30 nas sextas e sábados. Além de flanar pelas ruas, vale uma visita à igreja de São Pedro, com teto em madeira de cacto (cardones), o Mercado de Artesanato (o suvenir popular por lá são as vestimentas feitas com pelo de vicunha e alpaca), o Museu de Arqueologia Padre Gustavo de Paige, que narra a história do povo atacamenho, e a feira de artesanato, ao lado do museu, onde se compram peças mais em conta do que no mercado.