Como presidente interino do Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU), o Brasil condenou os ataques contra civis no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, durante reunião de emergência com os demais países membros do órgão, no último domingo (8), em Nova York (EUA).  Também pregou um cessar-fogo e defendeu um trabalho conjunto para garantir “a existência de um Estado Palestino economicamente viável”. 

O Brasil assumiu a Presidência do colegiado em outubro. O mandato tem duração de apenas um mês. Em nota divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores sobre a reunião, o governo brasileiro reiterou na ONU, “seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.  

“Ao lamentar profundamente a perda de vidas, o Brasil condenou os ataques contra civis. Sublinhou que as partes devem se abster da violência contra civis e cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário. O Brasil conclamou todos à máxima contenção para evitar uma escalada, com consequências imprevisíveis para a paz e a segurança internacional. Enfatizou ser urgente desbloquear o processo de paz”, informou o Ministério de Relações Exteriores por meio de nota. 

Com este posicionamento do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, o país repete o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Palácio do Itamaraty similar ao posicionamento diplomático do país frente ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Ou seja, defende uma solução de paz baseada no diálogo e no cessar-fogo, mas não uma contraofensiva baseada em invasão.   

Diante disso, o Brasil repudia os ataques terroristas do Hamas, mas não vai apoiar Israel em uma invasão à Faixa de Gaza, no território Palestino.  

No fim de semana, por meio das redes sociais, o mandatário brasileiro classificou os ataques do Hamas como “terrorista” em Israel e defendeu a Palestina. “O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”.