BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, nesta terça-feira (15), a lei que cria o Dia Nacional da Música Gospel, que a a ser celebrado em 9 de junho.

A cerimônia de , no Palácio do Planalto, contou com ministros evangélicos do governo, como Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), e parlamentares da bancada evangélica. Entre eles, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), tradicional aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Quis Deus que eu, que fui um dos mais combatentes defensores do antigo governo e seu crítico político, estivesse hoje aqui para representar a Frente Parlamentar Evangélica”, disse o deputado.

Em um longo discurso, o parlamentar itiu que “nunca votou” em Lula, mas fez afagos ao atual presidente ao lembrar que, em seus mandatos anteriores, ele já havia sancionado leis que contemplam o público evangélico. Também fez elogios às políticas sociais de suas gestões.

“A maioria dos evangélicos talvez não votaram em vossa excelência e o senhor sabe disso. Mesmo assim, talvez estejamos entre os brasileiros mais contemplados pelos programas sociais de seu governo. Já que os mais pobres [...] formam a maioria esmagadora de nossos irmãos”, apontou.

Apesar de ser um antigo bolsonarista, Otoni de Paula, um dos deputados mais vocais da bancada evangélica na Câmara, tem feito alianças mais ao centro. Nas eleições do Rio de Janeiro neste ano, apoiou a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), apoiado também por Lula.

A cerimônia ainda teve a apresentação de um grupo que entoou cânticos evangélicos para o presidente, como a música “Faz um Milagre em Mim”.

Apesar dos acenos, Lula ainda encontra dificuldades para se aproximar do eleitorado evangélico. Os principais líderes do segmento seguem fiéis ao bolsonarismo.