BRASÍLIA - Diante do escândalo de descontos ilegais no INSS, o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, foi convidado pela Comissão de Transparência e Controle do Senado para prestar esclarecimentos no próximo dia 15. O requerimento foi aprovado no colegiado nesta terça-feira (6).
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), se comprometeu com a ida do ministro ao Senado, para evitar que fosse aprovada uma convocação, cuja presença é obrigatória.
Os senadores Sergio Moro (União-PR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Dr. Hiran (PP-RR) apresentaram requerimentos de convite a partir da revelação, pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal. Sergio Moro afirmou que "há uma certa ansiedade dos aposentados e pensionistas em saber as providências tomadas para se estancar esse verdadeiro assalto ao bolso desses mais vulneráveis".
A investigação sobre o esquema de fraudes levou o então ministro Carlos Lupi (PDT) a pedir demissão do cargo, na última sexta-feira (2). No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou Wolney Queiroz (PDT) para o comando do Ministério da Previdência. Ele era secretário-executivo da pasta.
Após a operação da Polícia Federal, Lula demitiu Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, afastado do cargo inicialmente por decisão da Justiça.
Além do convite para o novo ministro, a oposição quer a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (MI) para apurar o esquema de fraudes no INSS.