Uma prática antiga voltou a circular nas redes sociais e chamou a atenção de médicos e especialistas: o enema de café, que consiste na introdução de café pelo reto, ganhou adeptos que prometem desde desintoxicação até alívio de fadiga. A tendência, no entanto, preocupa especialistas pela ausência de comprovação científica e pelos riscos à saúde.

📜 De onde vem essa ideia? 4w5b3r

A técnica tem origens históricas: foi usada no Egito Antigo e popularizada durante a Guerra da Crimeia, com Florence Nightingale. No século 20, o café foi incorporado em terapias alternativas, como o controverso protocolo Gerson, voltado ao combate ao câncer. Apesar disso, a medicina moderna nunca validou a prática.

☕ O que prometem os defensores 4a452o

Quem defende o uso afirma que o enema de café estimula o fluxo da bile e promove desintoxicação do fígado. Há quem diga que os compostos do café absorvidos pelo intestino grosso teriam efeitos mais intensos do que a ingestão oral. Ainda assim, não há evidências científicas que sustentem esses supostos benefícios.

⚠️ Os riscos que a ciência aponta 4g3r37

Relatos médicos documentam complicações graves: de inflamações retais (proctocolite) e infecções, até casos de desequilíbrio eletrolítico, desidratação, queimaduras e, em situações extremas, sepse e morte. Segundo a Medscape, muitos pacientes recorrem à prática sem qualquer orientação profissional.

👩‍⚕️ O que dizem os especialistas 3q6i37

Instituições como a Cleveland Clinic e portais de referência em saúde, como o Verywell Health, afirmam que não há motivos para recomendar o enema de café. “É um procedimento invasivo, sem respaldo científico e que pode colocar a saúde do paciente em risco”, alerta a médica gastroenterologista Cynthia Yoshida, citada no relatório.

Para acompanhar mais reportagens sobre saúde e tendências, e a editoria de saúde e bem-estar.