A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), realiza ao longo de todo o mês uma série de ações de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. As iniciativas fazem parte da campanha Maio Laranja, uma mobilização nacional voltada à conscientização e ao enfrentamento dessa grave violação de direitos, com foco na disseminação de informações como principal forma de prevenção.
De acordo com a PBH, a maior parte das atividades será realizada nas unidades socioassistenciais da capital, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS). A programação inclui oficinas, apresentações teatrais, cortejos e rodas de conversa em todas as regionais da cidade.
Segundo a PBH, entre os destaques está a Blitz Educativa, que ocorrerá na tradicional Feira da Afonso Pena, no domingo (18 de maio), data símbolo da campanha. Também estão previstas apresentações da peça "Tá no ECA!", com o grupo Instituto HAHAHA e apoio da PBH: na sexta-feira (16 de maio), na Praça Floriano Peixoto, no bairro Santa Tereza, região Leste da capital; e no sábado (17 de maio), na Praça José Verano, no Barreiro.
A programação completa pode ser consultada no site da prefeitura. Na página, também estão disponíveis materiais virtuais que auxiliam na divulgação de informações, explicam as diferentes formas de abuso e exploração sexual e reforçam os canais de denúncia para esse tipo de crime.
Maio Laranja: uma campanha nacional
O dia 18 de maio é reconhecido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000. Em 2025, a campanha completa 25 anos de mobilização. A data representa um marco na luta pelos direitos humanos de crianças e adolescentes em todo o país.
De acordo com a PBH, a escolha do dia remete ao Caso Araceli, ocorrido em 1973, quando uma menina de apenas 8 anos foi raptada, drogada, violentada física e sexualmente por vários dias, assassinada, e teve seu corpo desfigurado com ácido e abandonado em um terreno baldio em Vitória, no Espírito Santo. O crime permanece impune até hoje e simboliza a urgência do enfrentamento à violência sexual infantojuvenil.
Segundo a PBH, o objetivo da campanha é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade para participar ativamente da proteção de crianças e adolescentes, garantindo-lhes o direito ao desenvolvimento seguro, protegido e livre de qualquer forma de abuso ou exploração sexual.