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Em cada VNL, uma nova lição.
Ninguém sabe todas as coisas, nem está certo todo o tempo. Quem pensa o contrário, infelizmente, desperdiçará as chances de aprender algo novo na temporada.
Por que poupar?
Cada um sabe dos seus problemas e as seleções que jogarão a VNL vivem realidade distintas.
Mas não é de hoje que a maioria usa a competição ou parte dela como laboratório. Há casos de desgaste físico ou lesões, mas o que se vê é um enorme exagero.
É verdade que 2025 será ano de Mundial, mas nada justifica a descaracterização de determinadas seleções.
Isso sem contar os pontos do ranking mundial.
Você pode testar novas peças, dar bagagem para um ou outro jogador e iniciar sutilmente o novo ciclo olímpico.
Mas o equilíbrio é a balança da sabedoria.
Há exatamente um ano, no mesmo período, China, Turquia e Sérvia, 3 potências mundiais, deixaram a VNL de lado e focaram 100% na Olimpíada.
O popular 'escondendo o jogo'.
As 3 seleções fracassaram em Paris.
Aparentemente, repetirão, em doses mais leves, a fórmula nas primeiras etapas da VNL de 2025.
Os Estados Unidos, medalha de prata em Paris, ainda são uma incógnita.
Na contramão trabalha a Itália.
Julio Velasco lê a coisa de outra forma. O técnico entende que jogar na seleção deve ser prioridade. E não está errado.
Mas ninguém é obrigado.
Lubian, Chirichella e Pietrini não aceitaram a convocação. O 'não' é arriscado.
Como seria bom que na seleção funcionasse assim.
Velasco é prático.
Objetivo.
Ainda assim a Itália dele terá Orro, Egonu, Antropova, Adu Malual, Sylla e De Gennaro no Rio de Janeiro na abertura da VNL.
A Itália não terá em quadra força máxima e não estará completa.
A postura de Velasco, entretanto, é um recado para quem fica e quem vai.
A Itália é a atual campeã olímpica e defende o título da VNL.
Às vezes é necessário fechar algumas portas e abrir novas janelas.
Não é orgulho e nem vaidade.
É necessidade.