O Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, no interior de São Paulo, interrompeu, nesta quarta-feira, 5 de março, o protocolo de morte encefálica do jogador Pedro Severino, de 19 anos, que sofreu um grave acidente de carro na madrugada de terça-feira (4/3), na Rodovia Anhanguera. Ele atua na equipe sub-20 do Red Bull Bragantino e é filho do ex-jogador Lucas Severino, que teve agem pelo Cruzeiro nos anos 2000. A informação é do ge.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (5), o hospital explicou que a decisão foi tomada após o jogador apresentar um reflexo de tosse ao ser retirado da sedação. Por isso, ele segue sob ventilação mecânica, sedado e em uso de noradrenalina, além de receber antibióticos para evitar infecções.

Segundo o hospital, se o atleta não apresentar mais reflexos, o protocolo pode ser retomado.

“A equipe do Hospital Municipal está comprometida em oferecer todo o e e acolhimento à família, para que acompanhem de perto o atendimento prestado ao jovem”, afirmou a instituição.

Como funciona o protocolo de morte encefálica?

Na terça-feira (4/3), o hospital informou que havia iniciado os procedimentos para confirmar a morte encefálica de Pedro Severino. Esse protocolo inclui exames clínicos feitos por dois médicos diferentes, com pelo menos uma hora de intervalo entre as avaliações. Além disso, são realizados testes de apneia e exames complementares. Todo o processo pode levar até 24 horas.

Durante a madrugada, os médicos retiraram a sedação do jogador, que respira 100% com a ajuda de aparelhos. No entanto, um reflexo inesperado fez com que o procedimento fosse suspenso.

O diretor técnico do hospital explicou que, em 41 anos de profissão, nunca viu isso acontecer. Segundo ele, apesar de essa situação fazer parte do protocolo, o mais comum é que, ao retirar a sedação, o paciente evolua a óbito — o que ainda pode acontecer, já que o estado de saúde de Pedro Severino é gravíssimo.