Mudança de patamar. É isso que a atual diretoria do Vitória busca com um novo projeto que promete alavancar a imagem e, claro, as receitas do clube a partir de 2026. Depois de muita sondagem e especulação, a Arena Barradão parece estar de fato saindo do papel, e um esboço da nova praça esportiva com capacidade para 50 mil pessoas está em processo de montagem.

Fábio Mota, presidente do Vitória (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)

Em entrevista ao canal oficial do clube, o presidente Fábio Mota detalhou quais são as etapas da construção da Arena Barradão e reforçou que será uma mudança de chave para o Vitória [assista ao final da matéria].

- Pretendemos começar as obras até janeiro ou fevereiro de 2026. Temos uma previsão de 18 ou 24 meses. Dá para jogar no Barradão mesmo com as obras, que serão fatiadas, faremos um esforço para não perder nosso 12º jogador. É um projeto inovador, vão istrar a arena, os estacionamentos, tudo que está envolvido com o estádio Manoel Barradas. Não estamos vendendo o Barradão. Estamos cedendo nosso direito de uso por um período, que pode ser entre 20 e 35 anos. Eles farão o investimento, mas o patrimônio continua sendo do Vitória - explicou Fábio Mota.

Estamos inaugurando uma nova era. Essa será, sim, a mudança de chave do Vitória, não tenho dúvida nenhuma. Coloca a gente numa prateleira lá em cima".

Fábio Mota

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Projeto do estádio e SAF do Vitória 4q2o54

Torcida do Vitória faz a festa na partida contra o Fortaleza (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)

De acordo com o presidente, a Arena Barradão vai ter capacidade para 50 mil pessoas e será uma nova fonte de renda para mudar de vez o patamar do clube. O projeto, que deve receber investimentos da mesma construtora da Neo Química Arena, vai ser apresentado ao conselho gestor do Rubro-Negro até agosto deste ano.

- Assinamos um termo de intenções, mas não é só isso. Assinamos com os investidores do projeto. Entenderam que será preciso quase um projeto novo. Não é o projeto antigo. Evidente que vamos aproveitar dados, mas são projetos novos, tanto de arquitetura, financeiro, estudo de viabilidade, econômico. Tudo isso fica pronto até agosto, que é quando será apresentado para o conselho gestor.

- Vão analisar, debater, discutir, e assim que chegar a um denominador comum com os investidores da SD Plan, que construiu a Arena Cuiabá, de Manaus, das Dunas, e opera a Arena Corinthians. Assim que a gente tiver com tudo isso desenhado, temos a ideia de fazer um workshop para sócios e conselheiros, para apresentar o projeto e, em seguida, mandar para o Conselho [Deliberativo] para que ele possa aprovar e a gente dar sequência - completou.

Estádio Barradão, a casa do Vitória (Foto: Victor Ferreira / EC Vitória)

O presidente falou também em valorização do clube com a construção do novo equipamento esportivo e destacou a capacidade da obra em viabilizar um acerto com investidores para a SAF.

Com a arena feita, entregue em dois anos, a gente aumenta nosso patrimônio, a vontade dos investidores chegarem. O cara vem pensando no negócio da arena multiuso, valoriza mais a SAF e vem a aumentar o valor do clube como um todo. A gente não chegou aqui com a ideia de vender nada".

Fábio Mota

Enquanto a Arena Barradão não sai do papel, o Vitória segue jogando no atual Barradão. Às 19h desta quinta-feira (horário de Brasília), o Rubro-Negro recebe o Cruzeiro, pela 12ª rodada do Brasileirão, no último jogo antes da parada para o Mundial de Clubes.

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