A dívida total do Atlético é de aproximadamente R$ 1,4 bilhão, sendo que a fatia onerosa está avaliada em pouco mais de R$ 900 milhões. Os números ainda estão ando por auditoria e serão oficializados no balanço financeiro ainda no mês de abril.
Em entrevista ao Sports Market Makers, divulgada nesta quarta-feira (2/4), o CEO do Galo, Bruno Muzzi, apontou qual caminho a SAF deve seguir para aliviar a saúde financeira do clube.
"Reduzir o endividamento organicamente, com a geração de caixa da operação de compra e venda de atletas, em um curto prazo, é muito difícil. A gente precisa, de fato, de uma melhor estrutura, mais alongada, mas precisamos de equity (participação societária) para pagar esse endividamento e ter uma estrutura de capital adequada", disse Muzzi.
A dívida atleticana com instituições bancárias aumentou de R$ 465 milhões para R$ 507 milhões no último ano. Já a dívida da Arena MRV, relacionada aos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da antecipação de recursos para as obras do estádio, teve uma redução de R$ 486 milhões para R$ 410 milhões.
A alternativa para atacar estes problemas, segundo Bruno Muzzi, seria a entrada de mais investidores para fazer novos aportes financeiros.
"Nosso objetivo é, o quanto antes, fazer esse aporte de capital, novo investidor para reduzir esse equity. Esse é o nosso objetivo principal, precisamos resolver isso para tornarmos de fato um clube saudável e sustentável. Estamos no caminho, mas não chegamos lá ainda", completou o CEO.
O Atlético se transformou oficialmente em clube-empresa em novembro de 2023. A SAF alvinegra é dividida em 75% para a Galo Holding e 25% para a associação.
Divisão da Galo holding:
- 2R Holding SAF (Rubens Menin e Rafael Menin) - 55,74%
- FIP Galo Forte (Daniel Vorcaro) - 26,88%
- Ricardo Guimarães - 8,43%
- FIGA (Renato Salvador e outros) - 8,96%
A SAF assumiu toda a dívida do Atlético e fez um aporte imediato de R$ 913 milhões, sendo que R$ 313 milhões foram abatidos em pendências com as famílias de Rubens Menin e Ricardo Guimarães.