BRASÍLIA - A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o bloqueio de seus bens e a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol. A decisão agora cabe ao STF.
"Nesta tarde a PGR apresentou um pedido de prisão preventiva de Carla Zambelli em uma manifestação sigilosa. Por isso, no momento, não temos outras informações", destacou o órgão em nota.
Zambelli deixou o Brasil e anunciou que vai pedir o afastamento de seu mandato na Câmara.
No dia 9 de maio, a parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela também responde a um processo por porte ilegal de arma de fogo por ter perseguido um jornalista armada na véspera das eleições de 2022. Nesse caso, já há maioria no Supremo para condená-la.
Em 2023, Zambelli chegou a ter o aporte apreendido durante as investigações, mas o documento foi devolvido e ela não tinha restrições para deixar o país.
Em entrevista à CNN Brasil, na manhã desta terça-feira, Zambelli negou que esteja “fugindo” da prisão e se disse tranquila quanto a um eventual pedido de extradição pelas autoridades brasileiras.
"Tenho cidadania italiana e nunca escondi, se tivesse alguma intenção de fugir eu teria escondido esse aporte. [...] Como cidadã italiana, sou intocável na Itália, não há o que ele possa fazer para me extraditar de um país onde eu sou cidadã, então eu estou muito tranquila quanto a isso", disse.