BRASÍLIA - A cabeleireira Débora Rodrigues deixou a prisão no interior de São Paulo e seguiu para sua casa para cumprir prisão domiciliar após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela foi presa após pichar de batom a estátua “A Justiça”, que fica em frente ao STF, durante os atos de 8 de janeiro de 2022.
Na sexta-feira (28), Moraes acatou uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que rejeitou o pedido de liberdade para a mulher, mas sugeriu que ela fosse transferida para o regime domiciliar enquanto aguarda a sentença.
Com isso, Débora deixou o presídio na cidade de Rio Claro (SP), onde estava reclusa desde março de 2023.
No entanto, a decisão de Moraes determina uma série de medidas cautelares, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de que ela mantenha contato com outros investigados.
Presa em regime preventivo há dois anos, ela é acusada pela PGR de cometer cinco crimes: abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Ao falar sobre a situação de Débora, antes da decisão de Moraes sobre a prisão domiciliar, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, defendeu que as punições para os réus pelos atos do 8 de Janeiro são inevitáveis para evitar que os ataques às instituições se repitam.
Em declaração nesta sexta-feira (28), ele afirmou que os brasileiros vão 'da indignação à pena', mas repetiu que não punir significaria permitir que os crimes voltassem a ser praticados.