O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta sexta-feira (6) que a motivação política para o crime ocorrido na Barra da Tijuca, na madrugada desta quinta-feira (5), em que três médicos morreram baleados e um ficou ferido, está "completamente descartada".
Castro deu a declaração em coletiva de imprensa após reunião com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, sobre o caso. Ele afirmou ainda que a polícia paulista não colaborará mais na investigação.
"Em menos de 12 horas a Polícia Civil já sabia a principal linha de investigação, as motivações do crime, a facção e o roteiro do veículo (...) A motivação política está completamente descartada. O apoio da Polícia de São Paulo não há mais necessidade, uma vez que nós já sabemos a motivação do crime. Mais uma vez agradeço ao governador (de São Paulo), Tarcísio", afirmou.
Na quinta-feira (4), Castro disse não haver dúvida de que se tratou de uma execução. Ele deu a declaração ao portal G1. No X (antigo Twitter), ele também disse que determinou à Polícia Civil que direcione todos os recursos para esclarecer o caso.
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Na quinta, Castro também afirmou que conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que anunciou ter colocado a Polícia Federal à disposição das investigações. Dino levantou a hipótese da relação do crime no Rio com atuação de dois parlamentares.
Uma das vítimas é Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, que é irmão e cunhado, respectivamente dos deputados federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ).
Confira quem são as vítimas do crime na Barra:
- Daniel Sonnewend Proença: o médico de 32 anos foi levado com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge com ao menos 3 tiros. A expectativa é que ele seja transferido para uma unidade particular. Formado pela Faculdade de Medicina de Marília (SP) em 2016, é especialista em cirurgia ortopédica.
- Diego Ralf Bomfim: tinha 35 anos e morreu após dar entrada no Hospital Lourenço. Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina Dr. Domingos Leonardo Cerávolo, da Universidade do Oeste Paulista. Era especialista em cirurgia do pé e tornozelo e em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
- Marcos de Andrade Corsato: tinha 62 anos e morreu na hora. Ele faria 63 anos na próxima semana e era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
- Perseu Ribeiro Almeida: tinha 33 anos e fez aniversário na terça (3). Ele morreu na hora. Deixou dois filhos, de 11 e dois anos. Morador de Jequié, na Bahia, era especialista em cirurgia do pé e tornozelo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.