Pré-candidato à presidência da República em 2026, o governador Romeu Zema (Novo) ironizou, nesta quinta-feira (1º de maio), a permanência de Carlos Lupi no Ministério da Previdência do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em um vídeo levado às redes sociais, o governador disse estar de luto pelos aposentados. 

Vestido com uma camiseta com a frase “1º de maio: dia de luto” cunhada, Zema questionou o que Lula fez desde que a investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União trouxe a fraude de R$ 6,3 bilhões à tona. “Nada. Lupi continua ministro da Previdência. Como é que o Lula não demite um ministro que deixa roubar os aposentados?”, criticou o governador.    

Zema então insinuou que Lula estaria com medo de algo. “Lula está com medo de quê? Que as investigações cheguem a mais companheiros dele? Eu não me calo. Vamos juntos acabar com essa quadrilha”, concluiu o governador, que, no último sábado, na abertura da ExpoZebu, pediu união aos governadores Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Jr. (PSD), também pré-candidatos à presidência.

Nessa quarta (30 de abril), em meio às ameaças da bancada federal do PDT de deixar a base de Lula em caso de demissão de Lula, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência do ministro da Previdência. “Se não tem nada que o envolve, não tem motivo para ser afastado”, alegou Gleisi, que sinalizou um afastamento apenas caso a investigação venha a comprometê-lo. 

Segundo Zema, o Brasil deveria estar celebrando o Dia do Trabalhador, mas “está de luto”. “Porque quem trabalhou a vida inteira foi roubado. Foram R$ 6 bilhões da sua aposentadoria. Sabe pra quê? Pra comprar obra de arte, pra comprar carrão, tipo Porsche, Ferrari etc.”, criticou o governador, que ainda trocou as fotos de perfil de suas redes sociais por uma insígnia de luto.

Em um pronunciamento em rede aberta nessa quarta-feira em razão do Dia do Trabalhador, Lula afirmou que a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União desmontaram um esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas que operava desde 2019. O ano foi uma referência ao primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PL).