A municipalização do Anel Rodoviário será oficializada amanhã, em cerimônia às margens da própria rodovia, com a participação de autoridades da Prefeitura de BH e do governo federal. A transferência da istração do trecho para a capital mineira é a oportunidade para tornar a via segura e eficiente.

A modernização deve ser feita no sentido de adaptar o Anel às funções de uma via urbana, com intervenções como a criação de marginais, os, eios, pontos de ônibus e alargamento de pista.

Do ponto de vista da mobilidade, o Anel exerce papel estratégico para desafogar o trânsito dentro da cidade, ao permitir que veículos de agem evitem atravessar áreas centrais. Contudo, a precariedade da infraestrutura atual, marcada por gargalos, falta de sinalização adequada, ausência de áreas de escape e má conservação do asfalto, compromete tanto a segurança quanto a fluidez do tráfego.

Portanto, a municipalização precisa ser encarada como um divisor de águas. A gestão local tende a ser mais sensível às demandas da população e mais ágil na implantação de soluções que considerem não apenas o transporte de carga, mas também a circulação de trabalhadores, estudantes e moradores dos bairros que margeiam a via.

Com 27 km de extensão e fluxo diário de cerca de 120 mil veículos, a via lidera o ranking de mortes no trânsito da capital em 2024, com 31 óbitos registrados somente entre janeiro e setembro de 2024.

Além de reduzir os riscos para os cidadãos, as melhorias no Anel têm o poder de contribuir para o desenvolvimento da cidade, proporcionando um fluxo mais eficiente para o transporte de mercadorias e impulsionando a economia local. Ainda assim, o caminho até a modernização é complexo, e o sucesso da medida dependerá de parcerias e recursos que devem ser conquistados por meio da inteligência istrativa.

O desafio está posto, e a sociedade espera que, desta vez, haja compromisso real com a transformação desse eixo logístico e urbano tão fundamental para o presente e o futuro de Belo Horizonte e de Minas Gerais.