Um tratamento estético chamado vampiro facial está no centro de um alerta de saúde pública no Reino Unido. A clínica Olivia’s Aesthetics, em Wolverhampton, é investigada por falhas nos protocolos de higiene, e os pacientes que aram pelo procedimento foram orientados a fazer exames de sangue para HIV, hepatite B e C.

O que é o vampiro facial?

O vampiro facial é um procedimento baseado em PRP (plasma rico em plaquetas). Nele, o sangue do próprio paciente é coletado, centrifugado para separar o plasma e, depois, reinjetado na pele do rosto com a promessa de estimular a regeneração celular e melhorar a aparência da pele.

O nome curioso se popularizou porque o tratamento envolve o uso visível de sangue, o que remete a cenas de vampiros. A técnica ganhou fama após ser divulgada por celebridades nas redes sociais.

Por que o alerta foi emitido?

De acordo com a UK Health Security Agency (UKHSA), há suspeita de que os equipamentos usados no procedimento não tenham sido esterilizados de forma adequada, o que pode ter exposto pacientes a riscos de contaminação cruzada.

Embora o risco seja considerado baixo, a orientação oficial é para que todos que aram pelo procedimento na clínica até 2023 realizem testes gratuitos de sangue.

Autoridades reforçam cuidados com estética

O médico Dr. Naveed Syed, da UKHSA, explicou que qualquer falha na higienização de agulhas ou tubos pode causar infecções graves. Já o representante local Bhupinder Ghakal reforçou que clínicas devem seguir protocolos rígidos, com uso de equipamentos de proteção e consentimento informado dos clientes.

Casos semelhantes já ocorreram em outros países. Nos Estados Unidos, mulheres contraíram HIV após fazerem o vampiro facial em clínicas clandestinas.

Antes de se submeter a qualquer procedimento com agulhas ou sangue, certifique-se de que a clínica seja regulamentada e siga normas sanitárias.