Quem foram os essênios e qual sua importância para o cristianismo?

Eles foram curadores proféticos, místicos e portadores de luz para o mundo. Seu núcleo interno tinha um estilo de vida vegano, como modelado por James, irmão de Jesus, que era conhecido por comer apenas pão, frutas e vegetais e beber apenas água. Os essênios foram e são uma manifestação poética da imagem de Deus. Os essênios modernos e antigos viviam e vivem na consciência dos despertados. Eles vivem na presença eterna além dos limites da identificação com a mente e o corpo. Enoch, que foi da sétima geração de Adão, foi o primeiro essênio, caminhou com Deus, e após ascender à unicidade com Ele, não era mais o mesmo. Esse é o caminho da ascensão de Yeshua e é o verdadeiro objetivo de todo o cristianismo, que é retornar a Deus. Os essênios estiveram localizados em todo o Oriente Médio, incluindo Israel, Jordânia, Síria, Líbano e Egito.

Qual o seu legado?

Elesensinaram e ainda ensinam que a alma é imortal e que eles podem depositar sua confiança nas mãos de Deus. Eles visam levar uma vida justa e honrosa. Eles oraram e trabalharam ao mesmo tempo. De acordo com Flávio Josefo, historiador romano, eles foram defensores da fé, da verdade e da honestidade e eram servos e árbitros da paz. De acordo com Plínio, o ancião, eles foram uma raça mais notável do que qualquer outro povo neste vasto mundo. O principal ensinamento e objetivo dos essênios é que a paz é a expressão natural da cultura da vida e da libertação. A experiência da paz faz parte do nosso estado natural e desperto. Esses são os ensinamentos do Jesus essênio. E seus ensinamentos apoiam a consciência elevada do cristianismo hoje. Os ensinamentos dos essênios não foram destinados a substituir os Dez Mandamentos, mas ofereceram um caminho para que as pessoas se transformem na expressão viva das dez expressões. O modo de vida dos essênios é criar a paz sendo paz. Um de seus principais ensinamentos é não trocar o eterno pelo que morre em uma hora, ficar quieto e saber que eu sou o que é.

O que os essênios modernos guardam em comum com os essênios históricos?

Os de hoje compartilham seus princípios fundamentais básicos de viver o caminho essênio como seus ancestrais, seguindo os princípios: Deus é o único e muitos, retornamos a Deus mudando nossos caminhos para os de Deus e, assim, conhecemos nosso eu. Isso é chamado de “teshuva”, que significa o retorno a Deus e a Sua vontade. Trata-se de soltar pensamentos e ações que nos afastaram de Deus. Em terceiro lugar, “tikkun ha olam” significa participar ativamente da transformação espiritual do mundo, e o último princípio é a paz em todos os sete níveis, o que finalmente leva à paz da autorrealização.

O senhor acredita que os essênios históricos estão reencarnando entre nós?

Como o líder do movimento essênio moderno, minha observação é de que os essênios históricos estão realmente encarnando entre nós desde o tempo de Jeshua e seus discípulos.

Qual é o papel dos novos essênios no desenvolvimento pessoal e planetário?

No nível pessoal é “tikkun ha nefesh”, a cura da alma e o retorno a Deus que nos leva à autorrealização e à fusão com Ele. No nível planetário, que os essênios chamaram de “tikkun ha olam”, a cura e a transformação do mundo. Eles são direcionados para atuar por meio do poder de suas vidas espirituais, de acordo com seu chamado, e a participar ativamente da cura do mundo de acordo com sua vocação. A mensagem dos antigos essênios era um apelo à libertação e liberdade para todas as pessoas no mundo.

Como rabino, qual seu papel de manter e divulgar a sabedoria dos essênios?

Como o rabino Yeshua, dedico-me a ser a expressão energética amorosa e pacífica do divino em todas as áreas da minha vida, pela cura da alma individual, a cura do mundo e a libertação de todos os povos.

Como viver a verdade?

Quando você olha para o mundo de hoje é impossível deixar de notar que existem muito poucas pessoas que vivem na verdade. Nós podemos colocar a culpa nos políticos, mas os políticos refletem a população. Viver na verdade não significa que você tem que ser iluminado, mas viver na integridade com o melhor que puder em termos de verdade interior. Viver na verdade não se trata de quaisquer ideias, conceitos, sistemas de religião ou crença, mas é algo que vem antes de tudo isso. Em essência, viver na verdade é viver conforme o fluxo do divino. A palavra que melhor descreve isso seja talvez o tao. Para viver na verdade, você deve primeiro ter uma conexão e um fluxo internos, caso contrário, trata-se apenas de uma teoria. Quando você está vivendo a experiência da verdade interior por meio do processo de meditação e dos outros fundamentos, isso é apenas parte da história. Quando você tem o à verdade interior, o poder de autenticidade e santidade nas suas ações começa a emergir. Isso não significa que você não comete erros. Essa não é a questão. A verdade não significa necessariamente que você está certo no plano externo. A verdade é viver de uma forma que todas as suas ações tragam santificação para o mundo e para si mesmo. É uma forma de consciência e de santidade. É o reflexo da alma e da verdade dentro de um plano externo de ações externas.

Viver a verdade seria extrapolar a consciência?

Sim. Significa questionar a si mesmo: “O que estou fazendo, será que estou vivendo na autenticidade da minha verdade mais profunda?” Quando você está comendo, você está comendo na sua autenticidade? Quando você está meditando, você está realmente presente? Quando você está andando por aí, você está na autenticidade? Isso não é exatamente igual à observação. É viver no fluxo do momento, porque você está conectado com isso. É viver em sinal de rendição à verdade divina em alinhamento com toda a criação. Isso é diferente de moralidade. É diferente de ética. É estar em alinhamento com a essência de quem somos em relação ao fluxo da criação. Mais uma vez, isso exige bastante trabalho de reflexão e muita conscientização e sensibilidade.

Poderia falar um pouco sobre o jejum espiritual?

Continuamente sinto-me inspirado pelo incrível poder de cura do jejum de sucos verdes e pelo poder de autocura do jejum espiritual. O suco verde de vegetais orgânicos limpa o corpo e a mente e alimenta o espírito, permitindo que o corpo físico se purifique a fim de se tornar um perfeito veículo para a energia cósmica divina. O resultado final de sete dias de jejum espiritual com suco verde orgânico leva à melhora em todos os níveis da energia do corpo e ao aumento da espiritualidade. A sociedade atual se apoia na alimentação como um mecanismo de alívio e como um meio de suprimir a realidade de nossas emoções negativas. A crença de que não é possível ficar sem comer pode criar um pouco de receio e ansiedade, mas, na verdade, a maioria das pessoas não sabe como é fácil fazer um jejum. Normalmente, em nossos grupos de jejum de suco verde, os participantes ficam surpresos com o fato de que, durante o período de jejum, eles não sentem fome. O apetite desaparece após os primeiros dias, e a ligação emocional com os alimentos tende a diminuir. A mente fica livre para experimentar estados mais elevados de comunhão com o divino. Quando as cargas de toxinas no nível celular e emocional caem, a consciência tende a se expandir, e, então, níveis espirituais mais altos são alcançados.