O ex-BBB Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, e sua esposa, Gabriela Sousa, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. As acusações contra o casal de influenciadores inclui ainda a contravenção penal de promoção de loteria na modalidade de rifas digitais.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRS, o comediante obteve cerca de R$ 2,5 milhões por meio de rifas ilícitas, referentes a mais de 300 mil transferências bancárias.
Estelionato
Na denúncia referente ao crime de estelionato, o MPRS afirma que Nego Di teria promovido, de forma fraudulenta, a rifa eletrônica de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro.
O órgão alega que o influenciador teria publicado vídeos para induzir as vítimas que arriscaram a sorte na rifa e que ele simulou uma tentativa de contato com a suposta ganhadora, que não existia.
De acordo com o documento, Nego Di teria transferido o veículo que seria rifado para terceiros, adquirido o próprio número sorteado e publicado um vídeo anunciando um vencedor fictício para o prêmio.
Lavagem de dinheiro
Nego Di e Gabriela Sousa foram denunciados também por lavagem de dinheiro, no valor de R$ 2,5 milhões. Segundo o MPSP, no princípio, o casal teria transferido o dinheiro das rifa para contas de terceiros. Posteriormente, usaram o valor para adquiria bens de luxo, como carros e imóveis na Capital, na Serra e no Litoral gaúcho, além de gastos ordinários em benefício próprio.
Uso de documento falsos
Foi adicionada à denúncia uma contravenção referente ao uso de documentos falsos por parte de Nego Di, referente ao comprovante de uma suposta doação de R$ 1 milhão que ele teria feito à campanha do humorista Badin, quando, de acordo com as investigações, a operação verdadeira foi de apenas R$ 100.
O promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, afirma que foi possível ter dimensão exata das infrações penais praticadas e dos valores obtidos pelo casal após a análise de documentos, mídias sociais, celulares, entre outros equipamentos apreendidos na Operação Rifa$, em 12 de julho de 2024.
A defesa de Nego Di
A defesa de Nego Di e Gabriela Sousa alegam a inocência de seus clientes. Leia a nota emitida pela equipe jurídica do casal:
“A defesa de Nego Di (Dilson Alves da Silva Neto) e sua companheira, afirma que provará a inocência dos representados munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita. Seus bens apreendidos foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio. Ainda, em que pese o requerimento por parte do Ministério Público de alienação antecipada dos bens, tal decisão foi suspensa a pedido da Defesa”.