O número de registros de armas de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) em Minas Gerais saltou mais de 175% nos últimos seis anos. É o que aponta o anuário do Fórum Nacional de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20 de julho). Em 2017, eram 54.000, em 2022, o número já a de 149.000.
Já as apreensões de armas de fogo caíram. O recuo foi de 15,3%, nas operações da Polícia Rodoviária Federal, e de 30,3%, nas apreensões feitas pelas polícias estaduais em 2022, na comparação com 2021. Ao todo, 16.125 armas foram apreendidas em Minas no último ano. Os dados mostram queda de 30,3% em relação ao ano anterior (2021), quando 23.119 armas foram recuperadas pelas forças de segurança.
Os dados mostram que Minas segue uma tendência nacional de alta nas licenças para armas. Em 2022, foram identificados 783.385 Certificados de Registro (CR) ativos. O número representa um crescimento de 665% no número de CR concedidos/ativados, entre 2018 e 2022.
O anuário ressalta ainda a queda no número de apreensões no país, que caiu 12,5%. No total, foram apreendidas no Brasil 114.021 armas de fogo em 2021 contra 99.807 em 2022. Já os registros de posse ou porte ilegal de arma de fogo chegaram a 50.278 em 2022, contra 55.121 em 2021, uma redução de 9,2%.
O relatório cita ainda que o crescimento ocorreu após incentivos regulamentares lançados durante o governo de Michel Temer (MDB), quando ocorreram as primeiras modificações que possibilitaram o chamado “porte de trânsito” para CAC, tornando esse credenciamento mais atrativo para pessoas que gostariam de portar armas. Realidade que foi impulsionada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).